terça-feira, 29 de abril de 2008

LITERATURA NO TEATRO

"O mundo dos livros é um mundo mágico" - Regina Drummond

LITERATURA NO TEATRO

Mais imagens da encenação da obra: A mulher do meu pai

LITERATURA NO TEATRO


As alunas, Gabriela e Maria Júlia encenaram a obra de Regina Drummomd, A mulher do meu pai, alcançando com este maravilhoso trabalho um conceito excelente. Os colegas elogiaram e aplaudiram com muito gosto.


LITERATURA NO TEATRO


Livro : A MULHER DO MEU PAI

Autor: Regina Drummond

Resenha: Isabela passa por um momento difícil. Além das dúvidas naturais da adolescência, vê-se obrigada a lidar com a separação dos pais. O diário é o espaço que encontra para extravasar suas dúvidas e angústias relacionadas a Aline, a mulher do seu pai, à turbulenta relação instaurada entre Daniel e Gabriela, seus pais, e a todos os complexos trazidos pelo turbilhão da idade.

Regina Drummond é mineira e nasceu "no meio dos livros", como gosta de dizer. Formada em Letras, fala inglês, francês e alemão e sempre trabalhou com literatura. É autora de livros infantis e juvenis, tradutora e contadora de histórias.
Há anos, Regina vem desenvolvendo projetos de estímulo à leitura e eventos para professores e alunos, além de participar de feiras e bienais do livro, nacionais e internacionais. Já contou histórias em programas de rádio e televisão e escreveu peças de teatro infantil. Escreve ainda para jornais e revistas nacionais e estrangeiras.
Atualmente, mora em Munique, na Alemanha, onde, além de escrever e estudar coordena o Espaço Cultural Carlos Drummond de Andrade, mas está sempre no Brasil, para cumprir uma agenda de muitos compromissos.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

BIOGRAFIA E POESIA DE FLORBELA ESPANCA


Florbela d'Alma da Conceição Espanca tem hoje seus versos admirados em todos os cantos do mundo, diferentemente do que aconteceu quando ainda viva, época em que foi praticamente ignorada pelos apreciadores da poesia e pelos críticos de então. Os dois livros que publicou, por sua conta, em vida, foram "O Livro das Mágoas" (1919) e "Livro de "Sóror Saudade" (1923). Às vésperas da publicação de seu livro "Charneca em Flor", em dezembro de 1930, Florbela pôs fim à sua vida. Tal ato de desespero fez com que o público se interessasse pelo livro e passasse a conhecer melhor a sua obra. Dizem os críticos que a polêmica e o encantamento de seus versos é devida à carga romântica e juvenil de seus poemas, que têm como interlocutor principal o universo masculino.
Texto extraído do livro "Sonetos", Bertrand Brasil - Rio de Janeiro, 2002, pág. 118.


Ser poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

BIOGRAFIA E POESIA DE FERNANDO PESSOA

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa, aí morreu em 1935.
Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
"Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura."







sexta-feira, 18 de abril de 2008

CÂNTICO IV (CECÍLIA MEIRELES)

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.Na dúvida.No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.Na tristeza.Na dúvida.No desejo.
Que és sempre outro.Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.

CECÍLIA MEIRELES

"Nasci no Rio de Janeiro, três meses depois da morte do meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas ao mesmo tempo me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno. Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da minha personalidade."Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os livros se abriram e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano.

EU QUERIA TRAZER-TE UNS VERSOS

Eu queria trazer-te uns versos. Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Sua palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para os ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel.
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube
o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente de puro, ao
vento da Poesia...
como uma pobre lanterna que incendiou!
MÁRIO QUINTANA

MÁRIO QUINTANA

Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Há ! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai ! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas : ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a eternidade.
Texto e imagem retirados da Internet.

JIRAU DE POESIAS




Apresentaremos inicialmente biografias e poesias de poetas famosos.

Dando continuidade a esta introdução inicial , novas poesias serão escritas pelos alunos para nossa apreciação.

Com certeza, com esta atividade, os objetivos aqui descritos serão alcançados:

Ao escolher desenvolver este trabalho tive como objetivo geral, aproximar o educando da poesia, resgatando assim o prazer da leitura e da criação, levando-o a compreender que falar, ler, criar e escrever são partes de um mesmo método, elos de uma mesma corrente e que, quando aliamos a isso nossa emoção, torna-se algo mais produtivo e prazeroso ainda.
Oportunizar ao educando conhecer e reconhecer poesia em suas diversas formas de expressão do cotidiano
Sensibilizar os educandos para as sensações e sentimentos despertados ao ler e ouvir poesias
Levá-los a perceber que poesia também pode exprimir dor, sofrimento, crítica à realidade.
Familiarizar as turmas com poesias da literatura de sua Terra.
Perceber os gêneros da poesia, desconstruindo a concepção de que poesia é somente a que tem rima.
Compreender que se pode criar poesias a partir de outra – intertextualidade.
Produzir poesias utilizando os recursos poéticos trabalhados e declamá-los.

Obs: Imagem retirada da internet.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

ATIVIDADE - REESCREVER O TEXTO: O VESTIDO AZUL



Havia uma menina de uma beleza encantadora que morava num bairro bem distante de uma cidade do interior. Uma pena que a coisa que se destacava nela não era propriamente a sua beleza, mas sim um aspecto de maus tratos. Sua mãe era desleixada e não exigia que ela tomasse banho e muito menos se importava se a menina ia para escola suja e com roupas rasgadas.
Certo dia, no começo da aula, seu professor a olhou e com um sentimento de pena pensou consigo mesmo:
— Meu Deus! Como uma menina tão linda pode andar desse jeito, tão esfarrapada e suja? Tenho que fazer algo...
O professor, decidido, jurou a si mesmo que quando recebesse o seu próximo salário compraria um vestido para a menina. E foi o que fez, recebeu seu salário, foi até uma loja e comprou um lindo vestido azul. No dia seguinte, no término da aula, o professor chamou a orientadora e lhe pediu para que ela vestisse na menina aquele presente comprado com tanto amor, o vestido azul.
— Agora sim! — exclamou o professor.
Você só precisava de um pequeno ajuste para que sua beleza se destacasse, está com uma ótima aparência.
A menina muito agradecida foi para sua casa. A mãe ao se deparar com sua filha daquele jeito, pôs a mão na consciência e achou que deveria cuidar mais de sua filha e fazer com que ela ficasse limpinha, cheirosinha.
O pai mediante a essa situação chamou a esposa e disse:
— Mulher, agora que nossa filha está tão arrumadinha, precisamos dar um jeito nessa casa, cuide melhor dela... Nas horas vagas me encarregarei de pintar essas paredes e na frente da casa vou fazer um jardim. E assim diante de uma rua feia e descuidada, a casa da menina se destacava perante as outras. As flores desabrochavam no jardim, as paredes pintadas dando-lhe um aspecto lindo de se ver...
Os vizinhos ficaram cientes e maravilhados com esta transformação e se envergonharam por morarem em casas tão feias e resolveram transformá-las também pintando as paredes, fazendo jardins e acima de tudo usando e abusando da criatividade.
Uma autoridade passando por lá, comovido pela atitude daqueles moradores que tentavam melhorar aquela rua foi até o prefeito e relatou as condições precárias em que o bairro se encontrava.
Depois disso, as condições do bairro mudaram completamente. O esgoto a céu aberto foi canalizado, as ruas que eram de terra e muita lama, foram asfaltadas e foram feitas calçadas de pedra.
Tudo isso, deve-se a uma boa ação feita pelo professor que nem imaginava que resultaria em tudo isso, sua única intenção era realmente ajudar a menina dando-lhe um vestido azul.
ESTE TEXTO FOI REESCRITO PELA ALUNA - NAYANE MARQUES S. OLIVEIRA (7ªE)
Imagem retirada da internet

quarta-feira, 2 de abril de 2008

PRODUÇÃO DE UM ARTIGO DE OPINIÃO


VOCÊ É O AUTOR
Longe ou debaixo das asas dos pais?

Em diversos países, sair de casa jovem é um costume de passagem natural para a vida adulta. Alguns amadurecem mais cedo, não perdem tempo quanto aos estudos e com isso, fica mais fácil cuidarem de suas próprias vidas. Enfrentam corajosamente a falta da mordomia que tinham ao lado dos pais.
Alguns estudantes preferem morar em alojamentos universitários mesmo quando a casa dos pais está localizada na mesma cidade. As famílias os pressionam para serem alguém na vida, e para isso, eles têm que estudar.
No Brasil, as condições econômicas tornam o ato de sair de casa um privilégio, mas essa não é a única razão para ver jovens de classe média – maioria de trinta anos protegidos no ninho dos pais. Isso pode causar um problema social; porventura, não passam em suas cabeças que um dia podem ficar de uma hora para outra sem esta proteção? Como seria a vida deles, como iriam encarar o trabalho, as contas a pagar...?
A vida não é mole, não!
É normal no Brasil ver jovens entediados sentados no sofá em frente à televisão, se empanturrando de salgadinhos, refrigerantes e ainda reclamam da vida, não obedecem aos seus pais, não fazem nada o dia inteiro e ainda dizem que estão cansados.
Contudo, fico a imaginar, como alguém pode ser independente sem ralar um pouco pela própria grana e pelo próprio futuro?
Luana de Souza Pereira Carmo (7ª série E)