Antonio Delfim Netto
A ideia escolar que os salários são proporcionais à produtividade marginal do trabalho é absolutamente falsa. A prova é visível. Brasília é, sem sombra de dúvida, onde é menor a produtividade do trabalho, mas ostenta os maiores salários do país!
Vemos armar-se um aparente tsunami reivindicatório de aumentos salariais. O apelo à greve é um direito do funcionalismo, mas é preciso haver responsabilidade e saber que há custos para eles, porque ela pune, basicamente, os direitos da população a quem deve servir.
Talvez seja interessante lembrar que, nos anos 80 do século passado, o Dasp (Departamento de Administração do Serviço Público) fazia pesquisas sobre níveis salariais do setor privado para tentar equiparar a eles os do setor público, ajustados pelo valor atual da vantagem da aposentadoria integral.
Nas funções mais claramente identificáveis e que exigiam mão de obra mais qualificada, os salários eram ligeiramente melhores do que os do setor privado. Talvez seja por isso que não existiam 10 milhões de candidatos preparando-se nos "cursinhos" de admissão do serviço público como hoje.
Em 1984 (quando o Brasil voltou a crescer 5,4% e já tinha superavit em conta-corrente), a situação salarial do funcionalismo estava equilibrada. A destruição do Dasp começou em 1986 e acabou gloriosamente em 1990. Desde então, cada grupo que se "ajeita", dispara uma corrida para a "equiparação" ou "isonomia"
dos que se consideram "atrasados".
Essa balbúrdia facilitou a confusão, dando a impressão equivocada de que o caos precede a ordem. Mas, como ensina o velho ditado, "é nessa confusão que morre o Tesouro Nacional"...
Não é fácil avaliar a qualidade, a razoabilidade e a justiça em cada reivindicação dos improváveis 250 mil que se dizem estar em greve causando enormes inconvenientes para a sociedade. Mas, se o número for verdadeiro, ele é uma amostra representativa (40%) de todo o funcionalismo civil federal na ativa, que é de 640 mil.
Com base nela, a razoabilidade das exigências parece ser muito precária. O rendimento real do setor público total entre janeiro de 2005 e março de 2012 (7,25 anos) cresceu nada menos do que 4,8% ao ano, contra 2,1% no setor privado.
O número total de funcionários na ativa cresceu à taxa de 2,2% ao ano. A "renda real" apropriada pelo funcionalismo federal (marajás e bagrinhos) aumentou no período 7,0% ao ano, enquanto o PIB cresceu a 3,8% ao ano.
Num momento de dificuldades como o atual, eles têm todo o direito de reivindicar, mas o governo tem o dever de resistir em nome da estabilidade que beneficia os "excluídos" 196 milhões de cidadãos brasileiros!
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Nem tudo é fácil. Cecília Meireles.
É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
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