sexta-feira, 18 de abril de 2008

CÂNTICO IV (CECÍLIA MEIRELES)

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.Na dúvida.No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.Na tristeza.Na dúvida.No desejo.
Que és sempre outro.Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.

CECÍLIA MEIRELES

"Nasci no Rio de Janeiro, três meses depois da morte do meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas ao mesmo tempo me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno. Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da minha personalidade."Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os livros se abriram e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano.

EU QUERIA TRAZER-TE UNS VERSOS

Eu queria trazer-te uns versos. Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Sua palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para os ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel.
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube
o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente de puro, ao
vento da Poesia...
como uma pobre lanterna que incendiou!
MÁRIO QUINTANA

MÁRIO QUINTANA

Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Há ! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai ! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas : ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a eternidade.
Texto e imagem retirados da Internet.

JIRAU DE POESIAS




Apresentaremos inicialmente biografias e poesias de poetas famosos.

Dando continuidade a esta introdução inicial , novas poesias serão escritas pelos alunos para nossa apreciação.

Com certeza, com esta atividade, os objetivos aqui descritos serão alcançados:

Ao escolher desenvolver este trabalho tive como objetivo geral, aproximar o educando da poesia, resgatando assim o prazer da leitura e da criação, levando-o a compreender que falar, ler, criar e escrever são partes de um mesmo método, elos de uma mesma corrente e que, quando aliamos a isso nossa emoção, torna-se algo mais produtivo e prazeroso ainda.
Oportunizar ao educando conhecer e reconhecer poesia em suas diversas formas de expressão do cotidiano
Sensibilizar os educandos para as sensações e sentimentos despertados ao ler e ouvir poesias
Levá-los a perceber que poesia também pode exprimir dor, sofrimento, crítica à realidade.
Familiarizar as turmas com poesias da literatura de sua Terra.
Perceber os gêneros da poesia, desconstruindo a concepção de que poesia é somente a que tem rima.
Compreender que se pode criar poesias a partir de outra – intertextualidade.
Produzir poesias utilizando os recursos poéticos trabalhados e declamá-los.

Obs: Imagem retirada da internet.